domingo, 18 de outubro de 2020

MINHA TERRA

 .

Não há nada que me faça ir embora,

Nessa arte dos meus versos de aprendiz,

Seja a sombra, seja o vento, seja a aurora.

 

E saber desta saudade que aqui mora,

Não me exilei do meu pago porque quis,

Não há nada que me faça ir embora...

 

Eu me apoio nessa letra que explora,

E me livro da doença por um triz.

Seja a sombra, seja o vento, seja a aurora.

 

Pois sou da cidade grande, não de fora,

Por isso o meu olhar triste, infeliz,

Não há nada que me faça ir embora.

 

É por isso que esta canção que aqui chora
Me empurra presse tema da cicatriz,

Seja a sombra, seja o vento, seja a aurora.

 

Portanto, morena, espera, não demora,

Em Porto Alegre está fincada a raiz,

Não há nada que me faça ir embora,

Seja o vento, seja a sombra, seja a aurora!

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Francisco Settineri.

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