É sempre no meu dedo que se crava
Na falha do dedal em seu feitiço
A agulha que não quer mais ser
escrava
E o sangue a rebrotar virou cediço...
Mas quando enfim o adorno se
bordava
E as cores já surgiam em seu viço
Alçava em seu vigor pétala flava
Domínio enternecido a seu serviço...
É assim que da palavra ora não peço
Que poupe a tenra carne do seu aço
Mas cada pano bom que agora teço
Obrigue-se a bailar nesse compasso:
Se nada em meu abraço é adereço,
Fulgura a letra e o tom sem
embaraço!
Francisco Settineri.
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