Entre nós perdura a sombra do silêncio
Que examino todo dia, a ver se dura
E ao buscar cada manhã a flor que cura
Fico isento de voltar ao vão comércio
Que me tolhe o alento e avesso me censura.
Pois se afasto pra bem longe a ferradura
É que eu vivo mais feliz longe do hospício.
A vagar de novo às margens do delírio
E por mim nenhum mortal acenda um círio
Não se enganem, porque eu sei do meu limite
Na
loucura que o defende do martírio...
Francisco
Settineri.
Um comentário:
Francisco, esta soneto é uma loucura, quase um mistério, talvez um aviso. Gostei imenso.
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