Pela
amarga terra o deus mandou Pandora
Atroz
castigo ao que o fogo lhe roubara
Ornada
de flores que Eros talhara
Mais do que bela ao claro olhar da aurora...
Tecidos
de seda que a mão pouco aflora
Que
tudo aprendeu do que Atena ensinara
Ao
fraco o presente radiante foi cara
E
o mal que livrou expandiu mundo afora!
Mas
Zeus não julgou o castigo bastante
Correntes
na pedra furioso o prendeu
E
antes do herói o salvar ao instante
O
voo da águia constante o rendeu:
Faminta
paciência no brilho cortante
Do
ventre que abrira ao titã Prometeu!
Francisco Settineri.
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