Cedo
o medo sela a cela
onde
a curta e parca mesa
já
despreza o livro que ali jaz.
Onde
não há luz, já não há paz.
Um
olhar, um outro olhar,
e o par de lembranças a doçura do lar
a
grade o almoço o espelho o jantar
a
tristeza lenta te abocanha, meu amigo
bulício
da vida no lá-fora que se põe distante
e
inúteis pensamentos em sua apagada cor.
mas
não há na alma cansada o ressentimento
nessa
maldita praga do vai-não-vai
-
em que pese a rude e amarga dor -
nem
no rosto do teu pai.
Francisco
Settineri.
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