Um
barco se aproxima em cais de pedra
Convida
a viajar ao Aqueronte
Gentil,
cortês, conduz a nau Caronte
Em
meio ao desespero que aqui medra.
Não
sabes mais se a sombra que ora chega
É
o nada a desfilar na tua frente
Da
treva que te envolve o abraço quente,
Mortalha
que te cai em tensa entrega!
Destino
ao qual somente o herói escapa
No
resgatar audaz do inferno a Dama
E
o deus do mundo odiento a si reclama
A
parte que lhe cabe, obscuro mapa...
E
cais a delirar no humor sombrio
Das
águas a vencer pelo barqueiro
E
nada ao céu impede o ardor primeiro
Que
firme impele ao vento o rosto frio!
Francisco
Settineri.
2 comentários:
Parabéns, meu amigo, seus poemas são maravilhosos. Abraços
Olá, poeta!
Estou extasiado com sua lira poética. Sua verve é que me encanta. Parabéns pelo blog.
Conheça meu informativo: http://www.entreopoemaeapoesia.blogspot.com.br/
Abraço,
José Lima Dias Júnior
Postar um comentário