Do
avesso do meu verso a sintaxe
Que
muito e tanto é sempre infringente
Profana
tudo, ao cravar o dente
Na
veia, como se a veia amasse...
Torcido
e simples como o incunábulo
Da
incurável espiral do sonho,
Tu
tens em ti um quê de andar medonho
Cansado
ar de feno no estábulo...
Incitas
à mais pura hemorragia
Que
encontra em meus caninos o seu dreno;
E
o teu colo macio é o mais sereno,
Pudor
maior, quem imaginaria?
Torpor
da noite eterna que apresenta
Teu
corpo ali jazendo à própria sorte,
Depois
de fulminado pela Morte
Que
viva vaga em véu, nada avarenta!
Francisco
Settineri.
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