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Máquina de comover, João Cabral,
É como definiste a poesia,
Seja no verão ou na manhã fria,
Ela sempre nos retira do mal.
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Pois eu, que de poeta sofri o sal,
De todo verso que a lira feria,
Nunca mais vou saber o que faria,
Se pensasse que eu sou um animal.
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A arte é longa, e muito breve a vida,
A brilhar, como se fosse arte mágica,
Como se a lira fosse sempre trágica....
Se eu te tivesse pra sempre perdida,
Justo a minha dama, sempre feérica
Fora o meu coração, o verde, a lida!
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Francisco Settineri.
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