sábado, 15 de março de 2014

Carnival Glass



Não sei bem se eu consigo ser tão falso
Neste mundo tão repleto de estrelas,
Uma plêiade de astros a contê-las
Tendo o peito à beira deste cadafalso

E retiram dos teus pés de um chute o calço.
Se por derradeira vez, pudesses vê-las
Neste mundo tão repleto de estrelas
Que penduram a esperança, pés descalços.

Borbotões de alegria na cidade,
Carnavais de etanol, com muito esmero
Insolência transformada em veleidade...

Prostitutas, rufiões como tempero,
Tanto afã de demonstrar felicidade
Escondida atrás de muito desespero!


Francisco Settineri.

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