sábado, 29 de março de 2014

SOLEDADE



O banzo que hoje sinto já me inquieta
Lonjura que a distância dilacera
E faz tremer aos pés negra quimera
Metal que me atravessa em linha reta.

As tripas revirou, muito indiscreta
De tanto amor que só a dor verbera
A  adaga pelo menos é sincera
E atinge o coração, divina meta!

Eu olho para o céu, ele responde
Que a dama que eu amei agora é morta
E o céu do seu olhar não mais responde

O quadro que jazia atrás da porta.
Procuro um bálsamo, mas não sei onde
Por tanta dor a estrela não se importa!


Francisco Settineri.

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