No
vaso de cristal encabulou-se
Bebia
o teu olhar como eu bebia
Na
mesma tarde que tecia o ocaso
A
flor que tu me deste purpurou-se...
Tocavam
sustenidos os ardores
No
corpo enregelado, a noite fria
E
mesmo assim não foi nada vazia,
Os
gritos arrancados dos amores!
Tu
foste à madrugada na janela
Olhar
o céu da estrela vespertina
Mas
nem sequer notaste as flores
Sequer
notaste o que desabrochavam
Pariam
nas suas pétalas rebento
Pois
que hoje, em lamento tão sublime
Do
tempo em que por ti fui mais sedento
Eu
guardo em minha memória, engalanado!
Francisco
Settineri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário