São
brancas, vermelhas, roxas e amarelas
Deixando
o meu sonho assim debruado
O
olhar sempre vivo e o lábio calado
Na
dança dos tons que emana só delas...
São
mansas, são fortes, são sempre singelas
E
verdes os campos, as matas e o prado
Procuro
um nome e fico calado
Argênteas
ou foscas, mas são sempre belas!
Pois
todas as cores, assim de repente
Se
insurgem no baile que é nossa vida
Preclaras
nuanças, violetas cumpridas
Em
ordem unida por volta da gente
Pois
hoje eu vou dizer todas as palavras
Do
início do balé até a sua coda
Preparei
um buquê em forma de roda
Com
esse arado de sonho azul com que lavras!
Francisco
Settineri.
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