Eu
faço o meu soneto calmamente
Não
escondo minha cabeça de avestruz
Degusto
uma tigela de cuscuz
Pra
não ficar fraquinho e doente.
Mas
conto os versos laboriosamente
E
saio na avenida de capuz
As
letras eu as cato à meia-luz
E
nada me assoberba, eu sou prudente!
Nas
ruas eu já vejo sempre homens
E
anoto em meu bloco um sumário
Eu
tinha um vizinho lobisomem,
Trabalho
e quase não vejo salário
Pois
quando vão aos céus pesadas nuvens
Os
vices quase versam ao contrário...
Francisco
Settineri.
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