Volta, Aneli, para os meus tristes braços
Que murcham na distância de um passado,
Ausente, e até se mostra enevoado
Mas que deixou na pele fundos traços...
Retorna, para os bravos recomeços
Do eterno ardor que surge e brota inflado,
Parece mesmo que se foi o fado
De termos tido, nós, tantos tropeços!
Mas despe, agora, pois, todo esse medo
E livra logo o peito da amargura,
Pois para o meu desejo acordo cedo
E cedo a tua falta me tortura.
Se o meu querer-te bem é um rochedo,
Abraça-me a lembrança com brandura!
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