terça-feira, 19 de junho de 2012

Soneto da Bravata



Se pensam que da vida eu tenho medo
Não sabem que se enganam, e o quanto,
Acordo inda ao luar, sem desencanto,
Pra mais uma batalha eu parto cedo!

Eu saio pra vitória ou pro degredo,
Proíbo à minha Dama qualquer pranto
Se à noite eu já fui dela o vivo manto
Disso não cabe, enfim, nenhum segredo...

Espalho os olhos vastos na planura
E a pura vida em mim já se debate,
Se mora em mim o grão dessa loucura

Em nada uma derrota em vão me abate
Eu tenho o peito aberto pra ventura,
Lutei a vida inteira o bom combate!


Francisco Settineri.

Um comentário:

Carlos de Andrade disse...

Belo soneto... belo blog... lerei mais, aos poucos...
abraçoos

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