sexta-feira, 1 de junho de 2012

Soneto da Decepção



Vem, serena, mansa e doce, põe-me um fim,
Pois se o amor que tu tinhas por mim baniste,
Deixa, então, de lado esse silêncio triste
Com que interpelas o que restou de mim...

Deixa-me só, na saudade do jasmim
Com que tanto te alegrei, versos em riste,
Nem sei mais se tu sequer um dia ouviste
Da lira ousada o mais belo tom carmim.

Pois se já não tenho dessa Dama o amor,
O nada se escancara em medonha ausência,
Pois não passa de uma pura e simples dor

A falta do teu corpo, minha querência
Que esperava no sábado toda em flor,
E que agora é a solidão de uma demência!


Francisco Settineri.

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...