terça-feira, 26 de junho de 2012

Vitral




Eu bebo ao pé da fonte cristalina
De uns olhos claros no espelho do céu,
Pois ébrio a pressentir sabor do mel
Que a indústria dos teus lábios me insemina...

Cantata de emoção na visão fina
Das faces encobertas por um véu
Que exclamam, a sorrir, que sou um réu
Pois tudo que ora falo me incrimina!

Resplende a auriflama na inteireza
De um verso que transborda em boa hora
Que canta, a balbuciar a tua leveza,

Avesso de um silêncio que se explora
E avança, a palpitar só de nobreza:
Afeito à muda espera, se demora!


Francisco Settineri.

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