A lua se apagou por um instante
Nas tramas desse triste pôr-do-sol
E o saxofone denso em tom bemol
Trazia uma lembrança tão distante...
A estrela desse quadro dissonante
Brilhava desde então como um farol
E eras para mim como o escol
Diáfana, audaz, tão elegante!
Mas ver que a dor de ser te fez cansada
Pois que deixaste a névoa e nela o cio
Não faz com que tu deixes de ser fada
Nas matas do meu mito em desvario.
Tu és o infinito do meu nada
Tomado na volúpia do vazio...
2 comentários:
Adorei este sonteto. Parabéns!
Abraços
Muito obrigado pelo comentário, Maria da Fonte. Seguindo também o seu blog, de que gostei muito. Um abraço!
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