Nascida como dom desta seara
És bela como um dia ao sol nascente
Se hoje até o orvalho é indecente
É que ele não molhou a pele clara...
Nos mármores em que Claudel talhara
Pressinto o arrepio que tens em mente
E habito essa mansão impenitente
Dos sonhos em que te fizeste cara!
Eu guardo as ilusões que a noite tece
E os sóis dessa janela eram mais belos,
Imerso no teu canto que me aquece,
Em teus campos em flor, tão amarelos
Recito para ti versos em prece
E bebo a paz dourada em teus cabelos...
4 comentários:
OFrancisco
Belo poema!
Um coração cheio de emoções fortes.
O último verso da quarta estrofe é lindo:
E bebo a paz dourada em teus cabelos...
Bela metáfora!!
Abraços
Dorli
Muito obrigado por seu comentário, Dorli!
maravilhoso ...parabens...
Curti seu Soneto Esculpido, Francisco. Confirmadas todas as minhas impressões. Boas, mesmo. Abraço.
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