sexta-feira, 5 de junho de 2020

O CASTELO



Pouco empecilho haverá, se os dois recitam
Entre si os famosos poemas belos,
Enquanto eu corro a mão pelos cabelos
E os corvos invejosos já crocitam! 

Olho para tuas mãos que já celebram
Nosso canto como manto tão singelo
E jamais terei uma outra, em meu castelo,
Os lacaios que estão perto se afugentam.

Pois é teu, somente teu, o meu castelo
E as agruras que passei já afastadas.
As flores que plantei já estão amarelas,

E afasto o olho grande com o cutelo.
O beijo dessa menina é sempre anelo
E eu pinto com minhas mãos a vera tela!
.

Francisco  Settineri.

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