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Quero, menina, o teu arrebatado enlevo
E também quero a tua empolgação adorável
E que me deste, em prenda incauta e agradável
Fazendo tornar sensível teu relevo...
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Sabendo-se muito mais bela que os coevos
Que, jogados aos teus pés, de forma impensável,
E tu, tratando-os assim de jeito amável,
Não fazes mais do que guardar-te num primevo
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Que não roubaste de ninguém, pois eras dona
De primitivas primaveras de antanho,
Por onde andaste, como forte amazona,
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Cos cabelos ao ar, escuros e castanhos,
Mas em todas as primaveras brincalhonas,
Tu foste só minha, e mais nada de estranho!
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FRancisco Settineri.
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