Ser teu, somente teu, daqui em diante,
Fazer de nossos corpos uma ilha,
Buscar nesses teus olhos o diamante,
Que em clara lua mansa em paz rebrilha.
Sentir as tuas mãos em plena hora
De meu carinho terno em teus cabelos
É eterno despertar, sem atropelos
Do poeta que te tornou senhora.
Mas se eu tenho, nos versos, a perícia,
Outras vezes, é a sorte castigada,
Não me foi dado lutar com malícia.
Se a graça desse amor não fosse dada,
Faltasse, em pura dor, essa carícia,
Queria do amor não saber nada.
Um comentário:
Delicia ler voce assim em
amores
me lembra dela com certeza, espero que não de zangue por cita-la:
Alma perdida
Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!Florbela espanca
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