Já sinto a falta dessa tua imagem
E do abandono da tua voz tão pura,
Do que prometes, com tanta ternura,
Ao que me rendo, com toda a coragem.
Porque se eu tive o coração selvagem
E cantei versos que a lira murmura
Hoje não quero viver a tortura
De esperar tanto por essa viagem.
Meu devaneio voa em cada vento
E em cada quadra ponho o meu engenho,
Pois vem de ti todo o meu sentimento.
Se nessas plagas pouco me detenho,
Quero partir, e a cada pensamento
Mantenho em flor o céu de amor que tenho.
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