Se tenho, em meu olhar, a solidão vadia,
E em minhas mãos o toque forte e intenso
É que a meu tato a tua pele se arrepia,
E porque não há nada, neste amor, suspenso.
Tudo se precipita, em densa ventania,
Loucuras do que um dia foi mansa vontade,
E esse cheiro de corpos, numa demasia,
A ser levado de roldão, na tempestade!
Eu já não consigo te amar de outra maneira
E mais nada para mim parece o bastante,
O sentimento brota como cachoeira
E sobe a teus céus como um astro fulgurante.
Ser teu sonho mágico de uma vida inteira,
É o que eu quero, ainda que por um instante.
Um comentário:
Belo! Quanta a entrega há no último terceto! Parabéns!
Postar um comentário