Nas torrentes de amor a razão não impera,
E na cama apertada o clamor dos sentidos
Engendra a brotação, em mansa primavera.
Para longe de mim, deixar de dar ouvidos
Ao evidente saber que uma vida gera,
E se achar bordando em caminhos descabidos,
Ao pensar-se livre de mais uma quimera.
Ávidos de paz, e de certeza iludidos,
Tolos assim nada aprendem de seu passado,
Pois já morrem sedentos, em plena vertente,
Olhando pro vazio, com o rosto apertado,
A pior desgraça que se pode ter presente!
Ao não amar ninguém, tampouco ser amado,
Mata-se a vida ao nascer, e vai junto a mente.
Francisco Settineri.
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