terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ramalhete




Eu vejo a luz, na cor do teu silêncio,
E o ar felino do corpo moreno,
Se me demoro, em espera, sereno,
É que repouso, no melhor presságio.

Foi na sensação do grande prodígio
De um leve roçar, que foi tão ameno,
Embriaguei-me com o teu veneno
E em minhas mãos, recolho o teu vestígio.

Fogo de amor, que franco me consome,
E que me exalta, na exata medida,
Mas não sacia toda a minha fome,

Que estará por ti, sempre não cumprida,
A brincar co'as sílabas do teu nome,
Que chega a ti, como uma margarida.


Francisco Settineri.

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