Em pétalas de cravo e margarida,
Quero lembrar-te como tatuagem,
Sentir o teu perfume, numa aragem
Que invade o meu olfato, impressentida.
Pois quando te senti, quase perdida,
Por pouco, não perdi tua miragem,
Mas vi que tu eras minha, noutra margem.
Na superfície do sonho, estendida,
Memória de um prazer, em raro drama,
Que não quer se mostrar despercebida.
Moraram nela as dores de quem ama,
Cabe toda a ventura de uma vida,
Leva em si timbres da paz, e na alma,
De amor, dorme uma carta, inesquecida.
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