quarta-feira, 19 de agosto de 2020

CANÇÃO PARA JACIRA

 

A poesia deita-se aos teus pés,

Jacira, e o verbo se transforma adjetivo,

Em tuas mãos ele se torna cativo

E sobe, como se fosse maré.

 

Mais escuro do que um Abaeté,

O verso surge como primitivo,

É o avatar da verve, sensitivo

E sobe, como se fosse maré...

 

Ontem mesmo eu já li um teu poema

Que me deixou, assim, meio calado,

Com o meu coração descompassado

 

A tentar resolver o teorema.

Mas em nada eu fiquei desamparado,

Em teus versos vi a tez e o tema!

.

Francisco Settineri.

 

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