A poesia deita-se aos teus pés,
Jacira, e o verbo se transforma adjetivo,
Em tuas mãos ele se torna cativo
E sobe, como se fosse maré.
Mais escuro do que um Abaeté,
O verso surge como primitivo,
É o avatar da verve, sensitivo
E sobe, como se fosse maré...
Ontem mesmo eu já li um teu poema
Que me deixou, assim, meio calado,
Com o meu coração descompassado
A tentar resolver o teorema.
Mas em nada eu fiquei desamparado,
Em teus versos vi a tez e o tema!
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Francisco Settineri.
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