Não deixes que o poema caia na rua,
Que a magia do corpo seja um poente,
Canta, canta essa canção que é só tua.
Embora saibas que ela nasce na lua,
Bendito seja, e que não caia doente,
Não deixes que o poema caia na rua.
Por mais que tenhas verve, um dia recua
Da singeleza que se tornou semente:
Canta, canta essa canção que é só tua!
,
A verdade, quando vem, é nua e crua,
Mas só não pode ser dita inteiramente,
Não deixes que o poema caia na rua...
Não se chega a ela com uma gazua,
Porém, com muito esforço e plenamente
Canta, canta essa canção que é tua.
Que a lira do Oriente cante em meia-lua,
Segue o te caminho, e, galhardamente
Não deixes que o poema caia na rua,
Canta, canta essa canção que é só tua!
Nenhum comentário:
Postar um comentário