segunda-feira, 24 de agosto de 2020

MAGIA

 

Não deixes que o poema caia na rua,

Que a magia do corpo seja um poente,

Canta, canta essa canção que é só tua.

 

Embora saibas que ela nasce na lua,

Bendito seja, e que não caia doente,

Não deixes que o poema caia na rua.

 

Por mais que tenhas verve, um dia recua

Da singeleza que se tornou semente:

 Canta, canta essa canção que é só tua!

 ,

A verdade, quando vem, é nua e crua,

Mas só não pode ser dita inteiramente,

 Não deixes que o poema caia na rua...

 

Não se chega a ela com uma gazua,

Porém, com muito esforço e plenamente

Canta, canta essa canção que é tua.

 

Que a lira do Oriente cante em meia-lua,

Segue o te caminho, e, galhardamente

Não deixes que o poema caia na rua,

Canta, canta essa canção que é só tua!

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