Pesquei
no mar da língua o termo certo
Pra
te dar com certeza o quanto amo
E
tanto que talvez demais reclamo
A
fome que eu tenho de estar perto
Da
amada que se esconde no incerto,
Na
insabida paz de um certo tálamo
Que
tanto, com insistência, eu já chamo
Pro
meu desejo assim ficar coberto...
Porém,
essa saudade que escorre
Talvez
seja demais pra dor que hospede
Por
mais que o pescador encharque a rede
E
o peixe que ali jaz e ali corre
Não é capaz de saciar a sede
A
sede do teu corpo, que não morre!
Francisco
Settineri.
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