O
amor é feito de desencontros faltantes
O
que se diz sorrindo o outro desentende;
E
se imagina um dia que quiçá compreende
É
que escolheu saber de tudo a seu talante...
É
que, ao abraçar esses dois seres falantes
Sabe-se
lá o que a Natureza pretende
Um
faz a bela corte e a outra enfim se rende
Ao
que não entende mas acha, enfim, galante!
Nas
dúvidas da sorte eu tenho me implicado
Aferro-me
à vida com unhas e dentes
Na
solidão da pedra e o velho mar salgado
Já
não sabia se me amavas ou se mentes.
E
eu que pensei que tudo tinha se acabado...
Mas
ainda tenho as tuas mãos lindas e quentes!
Francisco
Settineri.
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