Sei
que o silêncio da indiferença foi tanto
Que
as flores murcharam tristes e desfolhadas
E
aquela que eu pensei ser minha doce amada
Já
não merece mais do que um curto pranto...
Lágrimas
derramadas contorceram o encanto
Que
houve um dia na louca e densa madrugada.
Eu
não sei mais dizer pra ninguém “minha amada!
E
as belas rosas da estação eu já não planto...
Só
sei que já não quero mais amar ninguém
Na
volúpia ao luar que me manteve insone
E
o barco solitário não quer ir além
Daquela
cujas mãos a pureza destrone;
Olhar
oblíquo que me fez um mau refém
E
me fez esperar na fome e ao telefone!
Francisco
Settineri.
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