Ah!
A musa imortal que tanto inspira
Meus
versos são formigas num carreiro
Eu
bato cada um como um ferreiro
Fumaça
de um poeta sai da pira!
No
fogo que crepita, deslumbrado
Eu
vejo o teu olhar brilhar sereno
Meu
verso nunca foi de ser pequeno
Mas
dessa vez calhei de estar calado!
Calado
porque tens o olhar brilhante
Capaz
de me fazer brotar semente
E
de fazer sentir-me tão-somente
Enorme
ser tão grande qual gigante!
Disseste
certa vez que o amor morre
Que
nada neste mundo é para sempre
O
que já me deixou em vão melindre
Vez
que fenece um e o amor escorre...
Francisco
Settineri.
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