Vem,
moça, vem, que o poeta já te espera
Alta
está a noite, e é passada a hora,
Desfazer
os laços e tornar senhora,
A
razão se vai e o desejo impera!
E
teu nome, que a memória refrigera
Lembra-me
contudo que é sem demora
Tomar
as tuas mãos, esperar a aurora
Ambos
recolhidos numa mesma esfera...
Quero
o benfazejo da tua face nua
Corpo
contra corpo na veloz cantiga
Fazer
tu saberes que a flor é tua
E
essa alvorada é nossa inimiga:
Quando
os galos cantam e o orvalho sua
Vai
que nossas peles terminaram a briga!
Francisco
Settineri.
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